O corpo feminino passa por fases e mudanças constantes durante a vida: menstruação, gravidez, amamentação, menopausa. Ocorrem elevações e quedas hormonais responsáveis por muitos sintomas que interferem diretamente na vida sexual, da fertilidade à libido. A mulher tem que estar preparada para vencer esta batalha contra os efeitos do tempo, já que atualmente tem a seu favor tratamentos que proporcionam uma melhor qualidade de vida e um aumento da autoestima.
A menopausa, data da última menstruação, geralmente ocorre em média entre os 45 e 55 anos e com ela aparecem os sintomas indesejados do climatério. Além da idade, outras causas também levam à menopausa, como cirurgias para retirada do útero e ovário, tratamentos quimioterápicos e radioterapia pélvica.
Os sinais e sintomas característicos dessa fase são: ondas de calor (fogachos), alterações do sono, da libido e do humor, perda de turgor da pele e da textura dos cabelos, alteração na distribuição da gordura corporal, perda de massa óssea, risco aumentado de doenças cardiovasculares e a atrofia dos órgãos genitais.
A atrofia vulvovaginal ocorre por redução na produção de estrogênio, que acaba por deixar os tecidos vaginais mais finos, ressecados, com menor elasticidade e maior fragilidade. A queixa principal é o prurido e a diminuição da lubrificação vaginal causando dor e desconforto no ato sexual. Outra queixa importante nesta fase, devido à flacidez, é a incontinência urinária.
O tratamento é a terapia de reposição hormonal que tem a vantagem de aliviar os sintomas físicos (fogachos), psíquicos (depressão, irritabilidade) e os relacionados com os órgãos genitais (secura vaginal, incontinência urinária). Além disso, funciona como proteção contra a osteoporose. No entanto, existem contraindicações que devem ser criteriosamente avaliadas, tais como o risco de doenças cardiovasculares, trombose, câncer de mama e de endométrio e distúrbios hepáticos.
Mas podemos substituir o tratamento hormonal nestes casos, por terapias alternativas.
No tratamento dos sintomas vulvovaginais temos a terapia com o laser ATHENA . A aplicação deste laser na parede do canal vaginal, estimula a resposta cicatricial local e aumenta a hidratação natural da região, induzindo ainda ao efeito de contração de colágeno para tratamento da síndrome gênito-urinária da menopausa. O transdutor do laser é inserido no canal vaginal e os disparos são feitos em forma de pulsos espaçados. O procedimento dura cerca de 10 minutos e é muito parecido com o exame de ultrassom intravaginal.
Na mesma sessão podemos fazer o tratamento externo das regiões íntimas com a finalidade de clareamento e melhora da flacidez. O laser provoca a remoção da camada epitelial do tecido e estimula a produção de colágeno na derme. O resultado é o clareamento da região e a indução do efeito tightening dos pequenos e grandes lábios, tratando assim a flacidez local.
Geralmente é recomendado de 3 a 4 sessões com intervalos de um mês entre as sessões. O procedimento é realizado com anestésico tópico (pomadas) e o retorno às atividades é imediato e com pequenas restrições à vida cotidiana.
Associadas a este tratamento algumas medidas simples incorporadas aos hábitos diários, tais como alimentação saudável, atividade física regular, evitar o consumo de álcool e tabaco, podem ser úteis para minimizar os outros sintomas negativos do climatério. Fica a dica!
Felicidades a todas as mulheres e que sejamos lembradas, respeitadas e homenageadas todos os dias do ano !!!
Por Dra. Rosana Maria de Paula Saboia – Cirurgia Plástica e Mastologia CRM 14973